Tirando João XXIII, que é o papa da "minha vida", eu que sou, intimamente, um exilado do catolicismo, sempre gostei de Bento XVI. Ao contrário do seu antecessor, que sempre puxou ao populismo, ao emocional, com aspectos finais - há que dizê-lo - quase grotescos, Bento XVI, embora talvez mais conservador, sempre nos levou a pensar e manteve, quotidianamente, uma postura de dignidade, racionalidade e justiça, ao reflectir sobre o nosso tempo.
Não sei, conscientemente, se o anúncio da sua resignação me surprende, até porque é uma rara decisão na chefia da Igreja de Roma. A falta de forças, para a exigência do cargo, terá sido uma das razões para o seu abandono de funções, a 28/2/13. Esta humildade quadra bem com o sucessor moderno de Pedro e reforça a extrema qualidade espiritual do percurso de um homem religioso. Que eu muito respeito.
Tenho dúvidas de que este Papa seja mais conservador do que o anterior. Acho mesmo difícil.
ResponderEliminarEu fiquei surpreendida. E acho uma atitude respeitável.
Estamos, mais ou menos, de acordo, MR.
ResponderEliminarSubscrevo o comentário de MR. Quanto à decisão do Papa, não sei que diga. A minha primeira reação foi de aplauso, mas não posso deixar de pensar em acontecimentos recentes.
ResponderEliminarA decisão não terá sido simples. E, como diz, Miss Tolstoi, os casos recentes podem ter pesado...
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