quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Declaração pré-eleitoral


1. Fez-se moda, recentemente, através de alguns nomes minimamente conhecidos do panorama público nacional, a declaração, nos meios mediáticos, do seu sentido de voto. É a estratégia  do Big Brother aplicada a coisas sérias. Acho mal. Parece-me o prestar de vassalagem antecipado, e oportunista, com o objectivo inconfessado de virem a receber mordomias post-eleiçoeiras, em recompensa da propaganda que fizeram, numa pretensa lealdade sonsa e venal.
2. Desde 1969 que eu voto. Falhei apenas uma vez (eleições europeias), até hoje, por manifesta impossibilidade física. Nunca votei em branco, nunca anulei o meu boletim de voto e, tirando essa excepção, nunca me abstive. Isso me dá algum direito para classificar os eleitores em 3 categorias: os inertes, os mornos e os activos. Chamo inertes aos que se abstem, votam nulo ou branco; os mornos são os mutantes, e os activos, nos quais me incluo, tomam partido, pesando a circunstância e as suas próprias convicções políticas. É o que farei no próximo dia 4 de Outubro de 2015.

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