domingo, 17 de março de 2013

Versão de um poema de Lorca


Despedida

Se eu morrer,
deixai a varanda aberta.

Menino come laranjas
(É da varanda que o vejo.)

O ceifeiro sega o trigo
(É da varanda que o sinto.)

Se eu morrer,
deixai a varanda aberta!

F. García Lorca, in Canciones (1921-1924).

8 comentários:

  1. Junto-me ao grupo: gostei! Simples e tão bonito!
    Boa tarde

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  2. Gostei muito do poema, que não conhecia. E vem a propósito, no meu caso. O meu gatinho morreu na passada quinta-feira. Ao ler este poema, senti-me mais consolada. Neste momento, não sei explicar melhor que isto. Obrigada.

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  3. As coisas mais simples, às vezes, são as mais difíceis de fazer. Ainda bem que gostou, Isabel.
    Da minha parte terá de ser: Boa noite!

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  4. Foi para mim uma gratificante recompensa, Sandra, que a tradução, que fiz, do poema de Lorca, tivesse contribuído para amenizar um pouco a sua dor.
    Os bons poemas, por vezes, são os que se alargam mais ao entendimento humano, frequentemente por caminhos abstractos e que parecem inexplicáveis. Tocam a alma, no fundo.

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