Não tenho grandes dúvidas em afirmar que o Cinema, indirectamente, fez mais para o conhecimento de alguma música erudita, do que a música, em si mesma. Bastaria lembrar Mahler e "Morte em Veneza" (de Luchino Visconti), bem como Strauss e "2001, Odisseia no Espaço" (de Stanley Kubrick).
Apesar de tudo, o maior contribuidor musical para o Cinema, Ennio Morricone, com cerca de 500 bandas sonoras, nunca conseguiu obter nenhum Óscar. Ao contrário, o campião mais premiado (3 Óscares) foi Michel Legrand: "Windmills of your mind" da película "Thomas Crown Affair (1968), "Summer of 42" (1971) e a música de "Yentl", em 1983.
Acrescentem-se ainda alguns temas mais celebrizados, os seus autores e o ano do Óscar atribuído:
- "Moon River", de Henri Mancini, do filme "Breakfast at Tiffany's" (1961).
- Maurice Jarre e a impressiva banda sonora do filme "Lawrence of Arabia" (1962).
- Charlie Chaplin com a música para a película "Limelight" (1972).
- Nino Rota, com a banda sonora de "Godfather II", em 1974.
Não sabia que Ennio Morricone nunca tinha ganho o Óscar. Às vezes há anos com músicas muito boas e outros em que o júri se deve torcer todo para atribuir o prémio.
ResponderEliminarComo diz o povo: mais vale cair em graça, do que ser engraçado. Mas Nino Rota só há (havia) um.
ResponderEliminarconcordo, o cinema fez muito pela música erudita ... eu adoro o 'Morte em Veneza' aquela cena final na praia é qualquer coisa ... mexe muito comigo!
ResponderEliminarAcho que o que se espera de um filme e de uma música é que nos provoquem, que mexam connosco e não nos deixem como éramos antes de ter contacto com eles.
Quando as coisas são bem escolhidas, a música acaba por "colar-se" às imagens, na nossa memória, o que é sempre proveitoso: para o filme e para a música, seja ela erudita, ou não. É o que eu penso.
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