Já aqui falei, há dias (12/3), desta obra de inéditos, em livro, de Raul Brandão (1867-1930), reunidos por Vasco Rosa, e saída recentemente. E, como vem a propósito, transcrevo o início da crónica Primavera:
"Fez hoje, 22, primeiro dia de Primavera, segundo o calendário, exactamente cinquenta e oito anos que Henry David Thoreau (1817-62), ao deparar com uma árvore cheiinha de flor, fugiu das pedras da cidade, dos exasperos, dos egoismos, da vida aborrecida, contraditória e inútil, e foi viver sozinho para uma floresta. Este simples facto: o ter encontrado por acaso nessa esplêndida manhã de Março um ramo tombado de um quintal para a rua bastou para revolucionar toda a sua existência. Partiu só e livre enfim!...
A Primavera também me estonteia. Sinto que estou prestes a sonhar com as velhas árvores tontas. É a época em que a cidade, com a secura das suas pedras amontoadas, me horroriza e me dá vontade de fugir, como ao poeta americano Thoreau, que tudo deixou para viver em pleno contacto com a natureza..."
Bem que se pudesse fazia como eles...
ResponderEliminarGostei.
ResponderEliminarBoa tarde!
Com o tempo, acabei por tornar-me um impenitente citadino...
ResponderEliminarParece que a Primavera chegou mesmo.
ResponderEliminarBoa tarde, MR.
Eu sempre fui.
ResponderEliminarA natureza tem coisas belas, mas são para ver e desandar. Mais de três dias fora de uma cidade, fico doida. :)