sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Divagações 32


Um artista, quer ele seja romancista ou poeta, pintor ou escultor, músico que seja, terá de ter, naturalmente, algumas obsessões, sem as quais não alcançará um estilo, uma personalidade e uma coerência. Já em relação à res publica, Lopes Cardoso dizia que "um político que não se repete, não é coerente".
E é esse estilo, esse motivo ou tema que permite a um amador, mas fiel observador, reconhecer no poema, na tela, no exercício público, um desígnio e uma matriz essencial, que denuncia a mão do seu autor. Através de um mimetismo de sinais, de traços ou palavras que, paralela e cronologicamente, se vão repetindo.

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