Se eu fosse justo e preciso, diria que o tempo não me chega para as leituras; e teria, para cumprir o dever (cf.: Alberto Caeiro), de me remeter a uma reclusão ou clausura forçada que nunca desejei, nem me está no sangue. Nunca fui à India, mas é bem provável que os meus antepassados tenham ido - estas coisas acabam por marcar os genes de cada um.
Falta por aqui, talvez, um pouco de disciplina pragmática e científica, um sentido de missão, que não tenho; e uma ordenação rigorosa das prioridades. Acordemos, no entanto, para cada um dos seres humanos, o benévolo direito da anarquia feliz, do ócio e do prazer, do capricho momentâneo, enfim.
Como disse, e bem, José Gomes Ferreira: "Viver sempre também cansa" (era um Gémeos realista e atento). Até porque depois há, no Outono lisboeta, uns estorninhos cativantes sobre o Tejo, em volteios sinuosos de nuvens que se cruzam, vezes e vezes, ao fim da tarde - como ontem. E, hoje, que não há vento, posso mergulhar os olhos nas águas tranquilas, embora cinzentas e magnéticas do rio.
Como será possível não amar a Vida? E poder ficar por cá mais uns anos, vivo, lúcido e de olhos abertos sobre tudo isto que me cerca...
http://www.youtube.com/watch?v=QiYqYPEXsJU
ResponderEliminarGosto muito de ler, mas nada de clausuras.
ResponderEliminar:|...sim concordo em absoluto com Miss Tolstoi!! Uma pitadinha de melancolia qb, pois é como a pimenta...quando em pequenissimas quantidades dá sabor, contudo não é para exagerar!!!
ResponderEliminarhttp://www.youtube.com/watch?v=04854XqcfCY
Al
Então, estamos todos de acordo.
ResponderEliminar:)
ResponderEliminarSe for uma clausura com ligação à Internet ainda vá que não vá :)
ResponderEliminarMesmo assim, LB, preciso sempre de intervalar com ar livre...
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