quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Perto da casa de Rubens

Parou de chover. A Graanmarkt está quase deserta de gente, cruzada embora, na diagonal, pelo voo e grasnar de um corvo enorme, quando saio do Bourla, para vir fumar, cá fora. De artistas e actores, o café mantém uma atmosfera boémia e informal de anos sessenta, com prateleiras espelhadas que multiplicam as garrafas de gin, whisky, Porto, conhaque e licores.
Quando volto para dentro, na mesa do canto, duas balzaquianas elegantes estao a ser servidas de Möet & Chandon, pela empregada solícita e jovem. Mas eu nunca virei a saber quem é este Lawrens que marcou a mesa ao lado da nossa, para as 17h45, porque tenho de sair antes. Sei que virá acompanhado, porque a reserva é para 2. Como reza o pequeno bilhete sobre a mesa.
Antes que feche, quero ir à De Slegte, onde há 3 anos comprei uma abada de Simenon, usados e por pouco dinheiro. E valeu a pena, mais uma vez. Trago de lá "Le Fils", que me faltava. E que já comecei a ler, depois de  um Cordon Bleu muito saboroso, em casa Amiga, acompanhado por um aconchegado Tempranillo da Ribera del Duero (2011). Porque também se come muitíssimo bem, na Bélgica: é só lembrar as bem fornidas mulheres de Rubens...

3 comentários: