Parou de chover. A Graanmarkt está quase deserta de gente, cruzada embora, na diagonal, pelo voo e grasnar de um corvo enorme, quando saio do Bourla, para vir fumar, cá fora. De artistas e actores, o café mantém uma atmosfera boémia e informal de anos sessenta, com prateleiras espelhadas que multiplicam as garrafas de gin, whisky, Porto, conhaque e licores.
Quando volto para dentro, na mesa do canto, duas balzaquianas elegantes estao a ser servidas de Möet & Chandon, pela empregada solícita e jovem. Mas eu nunca virei a saber quem é este Lawrens que marcou a mesa ao lado da nossa, para as 17h45, porque tenho de sair antes. Sei que virá acompanhado, porque a reserva é para 2. Como reza o pequeno bilhete sobre a mesa.
Antes que feche, quero ir à De Slegte, onde há 3 anos comprei uma abada de Simenon, usados e por pouco dinheiro. E valeu a pena, mais uma vez. Trago de lá "Le Fils", que me faltava. E que já comecei a ler, depois de um Cordon Bleu muito saboroso, em casa Amiga, acompanhado por um aconchegado Tempranillo da Ribera del Duero (2011). Porque também se come muitíssimo bem, na Bélgica: é só lembrar as bem fornidas mulheres de Rubens...
Só estive um dia em Antuérpia, mas gostei. Para a próxima, este Bourla não vai escapar. :)
ResponderEliminarAconselho, MR, vale a pena!
ResponderEliminarSim, sim... :)
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