domingo, 11 de novembro de 2012

Da janela do aposento 19: Em louvor da cultura, da ética e da estética





De forma adequada para a efeméride, escolhi da obra de A. Lorenzetti, a sua representação alegórica do “bom” e “mau” governo para encimar o “post”, destacando, sobretudo, a expressão viva e convincente do mau governante.



Existem, contudo, razões substanciais para desconfiar da capacidade de interpretação, por parte de quem nos visita, de manifestações culturais e estéticas, nomeadamente, dos países do Sul da Europa. A incultura tão arreigada nesta tecnocracia reinante, não lhes permite elevarem-se acima da “forma” de mestres-escola tipo Sarah Palin em que o recurso a “sebentas dos chefes financeiros” anula, à nascença, qualquer pensamento autónomo ou aceder a uma visão humanista do mundo.
Com efeito, a visitante costuma falar do alto do seu “pequeno” mundo, com a obstinação de quem desconhece que “a sabedoria faz os reinos fortes e dá vitória aos príncipes”, para além de roçar o pecado que a figura seguinte tão bem representa.


A “Superbia” [i.a. a soberba] manifesta-se, frequentemente, nos desprovidos de ética e estética pela sua postura de se colocarem “em bicos de pés”, ignorando que existem mais mundos para além da sua disfarçada voracidade de “pescadores de pérolas” em terra alheia.
Contudo, a falta de ética destes “actuais heróis” na sua desenfreada cruzada de subjugar a dignidade dos cidadãos europeus aos interesses da “roleta financeira” terá o seu climax e, como na antiga Grécia, conduzirá ao castigo daqueles que desafiam, indevidamente, os valores supremos da civilidade, da cultura, da ética e até da estética.
De facto, o Prémio Nobel da Paz, atribuído à Europa recentemente, não é para esses anti-heróis, mas para estadistas de craveira, cujo empenho nos ideais da paz permitiram uma reunificação de que a senhora visitante foi e é a principal beneficiada.

Post de HMJ, dedicado a todos aqueles, sobretudo portugueses e alemães, que desejam um outro rumo para a Europa

2 comentários:

  1. Agradeço a dedicácia, na pequeníssima parte que me cabe.

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  2. Para Miss Tolstei,
    agradeço o seu comentário a um texto escrito com enorme contenção.

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