sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Adalbert Stifter, um conto



O pequeno livro, com um conto de Adalbert Stifter, Bergkristall [aproximadamente: Cristais de Gelo na Montanha], foi-me oferecido recentemente. A história singela conta as atribulações de dois irmãos, Konrad e Sanna, que se perdem, na montanha, durante uma tempestade de neve. Desviaram-se do caminho para casa e perderam-se na floresta após uma visita aos avós maternos.
O conto fez-me recordar um outro livro de Stifter, Witiko, um romance de carácter histórico que se situa na Idade Média. Embora já não me lembre do enredo, ficou na memória o ambiente que o livro transmite, talvez porque gosto da literatura medieval.


De Adalbert Stifter (1805-1868) nada consta no catálogo electrónico da BNP, a não ser uma tese de doutoramento dos anos quarenta do século passado. Stifter, sendo figura secundária da literatura de língua alemã, nasceu na Boémia, actual República Checa, e faleceu em Linz, na Áustria. 
A sua integração na corrente literária e artística do "Biedermeier" (1820-1850), de que ele recolhe sobretudo os valores da família, da vida simples em comunhão com a natureza, numa época de convulsões políticas e sociais, talvez não tenha contribuído para granjear grandes apoios junto do público leitor. Actualmente, mesmo na Alemanha, deve ser um dos escritores "esquecidos".
Em todo o caso, o livrinho é um encanto, também pelas gravuras e pela encadernação.


Post de HMJ, dedicado a H.N.

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