No já recuado, por várias razões, ano de 1975, Óscar Lopes (1917) prontificou-se a responder ao chamado Questionário de Proust. Das perguntas e respostas escritas, escolhi algumas de que particularmente gostei.
Aqui vão:
Que cor prefere?
Não posso isolar as cores das coisas. Só em olhos, há três ou quatro matrizes, ou mesclas, pelo menos, que me encantam. Apenas consigo dizer, em poucas palavras, que o azul-celeste me pacifica.
Poetas preferidos?
O da Odisseia, Horácio, Villon, Verlaine, Éluard; em português, Pessanha, Pessoa, Drummond de Andrade, Melo Neto, Eugénio de Andrade.
O dom natural que mais gostaria de possuir?
Aquele agudo senso do real (talvez se possa dizer, simplesmente, inteligência) sem o qual a virtude e a sensibilidade nada são, porque por nada respondem.
Isto vai tão mal porque a maioria não tem nenhum «senso do real» quanto mais «agudo senso do real».
ResponderEliminarGostei desta última resposta de O.L.
De acordo. São palavras de grande sabedoria.
ResponderEliminarGosto de todos os azuis. Parece ser a cor preferida dos portugueses.
ResponderEliminarE de vermelho, claro! :-)
O vermelho era um "must", obviamente, Miss Tolstoi.
ResponderEliminarO azul é a minha cor preferida mas, destes, há um azul claro, líquido e marinho a que não resisto.