A notícia li-a, há dias, no "Le Monde". Quebrando uma tradição secular, Vladimir Putin deixou de trabalhar na fortaleza do Kremlin, passando a fazê-lo nos arredores de Moscovo, num local isolado. Quando tem que se deslocar ao Kremlin, fá-lo de helicóptero. Isto para evitar as vaias, neste caso as ensurdecedoras buzinadelas dos carros dos moscovitas, manifestando o seu vivo desagrado, sempre que passava, pelas ruas, o longuíssimo cortejo oficial de viaturas topo de gama, alemãs, de vidros esfumados, saindo ou entrando no reduto oficial da Capital russa. Entretanto, os peões, pelas ruas moscovitas ao passarem os carros oficiais, iam fazendo o sinal com o polegar para baixo, indicando o gesto imperial de morte, para o gladiador, nas arenas romanas.
O jornal "Le Monde" lembrava, por contraste, o passeio a pé de François Hollande, pelas ruas de Paris, no dia da sua investidura como Presidente da República francesa.
Por cá, os nossos ministros fogem envergonhadamente pela porta das traseiras; o Parlamento faz votações a contra-relógio e grande parte dos deputados raspa-se sorrateiramente para evitar os manifestantes, cá fora.
A Vespa do ministro Mota Soares vai enferrujando a um canto, abandonada e sem uso...
Quando comecei a ler, lembrei-me logo dos nossos atuais ministros e PR.
ResponderEliminarNa maior dos países, infelizmente, este divórcio políticos/povo vai crescendo. E a raiva, aumentando...
ResponderEliminarPor cá acho que é mais do que divórcio quando já não podem andar na rua porque são chamados de ladrões e vigaristas.
ResponderEliminarE merecem.
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