Depois do que parece ser o luto que a noite derrama, apesar da Lua Cheia adivinhada, sucedem os "dedos róseos da aurora", como Homero lhes chamava.
Mas este laranja, quase fogo, ao longe no céu e sobre o horizonte - será porventura do meu ligeiro daltonismo -, lembra-me, também, prosaicamente, o interior de uma torta de cenoura fatiada. Onde foram generosas as gemas de ovo e intensas as raspas de cenoura. Sem corantes, nem conservantes.
Só depois vem o azul anémico e pálido, que vai robustecendo com a força do Sol.
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