Apesar de lá ter nascido, acidentalmente, Coimbra não é uma cidade de que goste, por aí além.
Quando a conheci melhor, e aos seus habitantes, em 2 anos que lá vivi, no início dos anos 60 do século passado, costumava dizer da cidade que: tinha todos os defeitos de uma urbe pequena e nenhuma virtude das cidades grandes. Os horizontes eram estreitíssimos...sobretudo mentais. Mas fiquei a gostar do fado de Coimbra, sobretudo na voz de Machado Soares, que conheci e ouvi, e na de Luís Gois, que só ouvi depois. Para não falar de Zeca Afonso.
Agora, esta gravura de Coimbra, do séc. XVI, que encima este poste, gosto muito dela. Pertence à obra "Civitates Orbis Terrarum", dos cartógrafos alemães Georg Braun e Frans Hogenberg, que foi publicada em Colónia no ano de 1572, segundo o catálogo donde a retirei.
Ontem dormi mesmo de frente para aqueles arcos do lado direito, Pensão Antunes.
ResponderEliminarÉ sempre útil e curioso termos um ponto de referência, antigo, para vermos a evolução do restante,n tempo
ResponderEliminarSubscrevo o seu poste, apesar de nunca ter vivido em Coimbra. Senão, se calhar, não subscrevia. :)
ResponderEliminarEspero bem que tenha havido alguma evolução, pela positiva..:-)
ResponderEliminarNão me parece que tenha havido nenhuma evolução. A não ser que ainda fosse pior.
ResponderEliminarÉ uma terra muito provinciana, no mau sentido. Mesmo os prof. - os "doutores" - não fogem à regra, com aquela mania da Universidade de Coimbra. Há uma espécie de "sarro" que se lhes agarra e não desaparece.
Alguém que me é próximo confirma a sua observação, Miss Tolstoi.
ResponderEliminarUm colega, que muito prezo, costumava designá-la por «parva Coimbra» precisamente pelas razões que aponta: horizontes estreitos e mania das importâncias. Nunca, como agora, tive noção até que ponto é assim... :-)
ResponderEliminarNão me parece má, a alcunha. Creio que tudo isto resulta, em parte, de uma convergência de interesses dos seus habitantes, e que tem como objectivo os estudantes. Logo no 1º ano são tratados, hipocritamente, por doutores...São eles, no fundo, o negócio, e há que passar-lhes a mão pelo pêlo.
ResponderEliminarc.a.,
ResponderEliminarDeve vir na sequência do que Almada escreveu no Manifesto anti-Dantas: «E os da Águia do Porto e os palermas de Coimbra!»
Acho esta expressão o máximo dos máximos.
APS,
Já percebi. Com tanta doutorice!
À procura desta gravura vim ter aqui. Achei graça por ser colocada por alguém que conheço virtualmente.
ResponderEliminarNão sabia que era de Coimbra. Coimbra tem uma atmosfera própria. Já não é a dos anos 60 que conheceu.
É de facto uma cidade "parva" porque não é grande, algum do espírito que aqui invocam talvez ainda haja, mas não é a norma. Como em todo lado há espírito pequeno, doutoral, não quero dizer tacanho, porque esse é o espírito de quem se acha superior. Sapiente é aquele que aprende, dá e recebe sem desdenhar.
Quem vê o mundo dessa forma perde-se nas brumas de uma carreira.
Coimbra ainda continua de pé com Pedro e Inês.
Desculpe, a intromissão, APS.
Cumprimentos.
Ana