domingo, 23 de outubro de 2011

Cidade Capital de Cultura 2012 / Fastos vimaranenses III : Homens ilustres



Não serão muitos os varões vimaranenses que, "por obras valorosas", tenham ganho fama e cuja celebridade tenha ultrapassado os limites regionais da cidade e concelho. Dos tempos da possível Araduca, e ainda não chamada Guimarães, há que referir o papa S. Dâmaso (305-384) que lá terá nascido; nos tempos antigos, Mumadona (ou Dona Muma), fundadora de um mosteiro dúplice que, mais tarde, daria origem à Colegiada e, pouco depois, nos alvores da nacionalidade aí nasceu o nosso primeiro rei, D. Afonso Henriques (1109?-1185). É discutível que Gil Vicente (1465-1536?) seja de lá natural, mas há quem isso defenda. Frei Rafael de Jesus (1614-1693), cronista e religioso, era vimaranense. Depois há um grande espaço até ao séc. XIX, até se poder referir Francisco Martins Sarmento (1833-1899) inspirado arqueólogo que pôs a descoberto a Citânia de Briteiros, e Alberto Sampaio, conscencioso historiador. E ainda Abel Salazar (1875-1941), médico e pintor estimável. Bem como Francisco Leite de Faria (1910-1995), frade capuchinho e grande bibliófilo. Finalmente, vivos e no presente, são vimaranenses o pintor José de Guimarães (1939), de nome próprio: José Maria Fernandes Marques; e a soprano Elisabete Matos. Seria injusto não referir o nome de Raul Brandão (1867-1930) que, tendo embora nascido na Foz (Porto), casou com uma Senhora de Guimarães, e era um vimaranense por adopção.
Queria destacar, também, o nome de três historiadores regionais que, sendo pouco conhecidos no exterior, têm apreciável e importante bibliografia sobre a região vimaranense. São eles, cronologicamente:
- João Gomes de Oliveira Guimarães (1853-1912), mais conhecido como Abade de Tagilde, que organizou a colectânea "Vimaranis Monumenta Historica", bem como várias obras sobre história religiosa.
- António Lopes de Carvalho (1881-?), que editava as suas obras sob o nome de A. L. de Carvalho, autor do livro "O S. Nicolau dos Estudantes" sobre as Festas Nicolinas, e do monumental "Os Mesteres de Guimarães", em 7 volumes.
- Manuel Alves de Oliveira (1902-1990) que foi director do Arquivo Municipal Alfredo Pimenta e que publicou importantes estudos sobre Guimarães, na revista Boletim de Trabalhos Históricos.

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