São por vezes misteriosas, na sua essência, as escolhas de cada um. Quando se opta por um excerto de prosa, uma obra musical, um poema, em detrimento de outros, essa preferência é sempre fruto de várias circunstâncias que, muitas vezes, tem pouco a ver com o objecto escolhido. A primeira circunstância é, normalmente, o estado de espírito do momento da decisão. Que exclui o criticismo, puro e duro, da qualidade, em si. Depois uma empatia caprichosa e breve que talvez nem dure muito. A razão tem, neste particular, um papel reduzido. Só mais tarde exercerá uma sanção punitiva e de remorso, perante uma opção menos cuidada e objectiva. E já não há nada a fazer, senão minimizar os danos. Esperemos que um poema que escolhi, hoje, para postar amanhã, aqui, no Arpose, não me traga nenhum arrependimento. Estou quase seguro que fiz a opção certa..., mas nunca se sabe.
Como, para mim, a escolha da voz do retratado. Está entre as minhas preferidas. Só talvez batida pela de James Mason.
ResponderEliminarIdem, MR. E a de Gielgoud, embora afectada, também não me desagrada. Possivelmente é do traquejo shakespeariano.
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