domingo, 17 de outubro de 2010

Impromptu


Motivos há
(decerto muitos)
que não dão margem
a grandes espantos:
são comuns,
morrem por si, abrangem
um minuto
de atenção, logo perdida.
Regressam a nenhures,
discretos, invisíveis
da sua pequenez
ao silêncio esquecido,
e para sempre.

17/10/2010

4 comentários:

  1. Gostei do poema - das coisas comuns, dos "dias comuns" (José Gomes Ferreira).
    Gosto muito da pintura de Hogan. Há muito tempo que estou para colocar o seu auto-retrato no Prosimetron.

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  2. Obrigado,MR.
    Quanto ao Hogan, força!,com ele no Prosimetron. Sempre fui um fã incondicional dele. E, nos finais dos 70, eu entrava muito num pequena Galeria de esquina ali para o Parque Eduardo VII que tinha vários pequenos quadros do Pintor e grande Gravador. Creio que o vi lá 2 ou 3 vezes, se a memória me não atraiçoa.

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  3. Não conheço o pintor, mas gosto. Gosto da sensação de estrutura.
    E também gosto do poema, ainda que me pareça que é o comum que nunca morre...

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  4. Obrigado, c.a.. O Hogan tinha um grande fascínio por Monsanto que, obsessivamente, pintava nas suas térreas ou pétreas camadas.

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