Acontece que amanhã, 7 de Outubro, se completam 105 anos sobre a morte de Pedro Américo de Figueiredo e Melo (1843-1905), célebre pintor brasileiro e autor de um dos mais conhecidos e emblemáticos quadros da iconografia do país-Irmão. Refiro-me a "O Grito do Ipiranga" ou, como inicialmente foi denominado, "Independência ou Morte", obra acabada em 1888, por Pedro Américo, e que hoje se encontra no Museu Paulista. O quadro representa o ponto de partida para a Independência do Brasil, e o grito foi dado por D. Pedro IV de Portugal que viria a ser o primeiro Imperador das terras de Santa Cruz, em 1822.
Por coincidência li, recentemente, uma entrevista a um jornalista/escritor de sucesso, brasileiro (Laurentino Gomes), que refere este quadro e a figura complexa e controversa de D. Pedro IV (1º do Brasil). Acerca do quadro de Pedro Américo, diz ele o seguinte:"...Nada que está ali é real. D. Pedro aparece como um príncipe real bem vestido num cavalo alazão. Ele não estava assim. Ele estava mais como um tropeiro numa mula de carga, que era a forma correcta de subir a serra do mar, os dragões da independência (a guarda de honra do imperador) ainda não existiam, então eram tropeiros, fazendeiros, pessoas simples do vale do Paraíba que haviam constituído a guarda de honra. Nem o riacho do Ipiranga deveria estar ali porque o grito aconteceu a 600 metros do riacho." (Revista do "Público", 3/10/2010, pg. 41)
A fazer fé neste Laurentino Gomes, mais uma vez se comprova que a História é, quase sempre, re-encenada. Por isso, todo o cuidado é pouco...
Li o 1808 e não me entusiasmou.
ResponderEliminarTalvez espreite este, dado o meu interesse por D. Pedro IV.
ResponderEliminarE volto outra vez. Li, ontem, no jornal que este livro vendeu no dia em que foi posto à venda, no Brasil, 100 000 exemplares. É obra!
ResponderEliminarAs resposta do entrevistado, na "Pública", pareceram-me "ligeiras", mas que ele vende imenso, vende. E se a divulgação histórica não for desonesta, por parte dele, parece-me positivo.
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