terça-feira, 12 de outubro de 2010

Bibliofilia 32 : Abade de Jazente



Paulino António Cabral (1719-1789), mais conhecido por Abade de Jazente, freguesia próxima de Amarante, e a que, ao nome, acrescentaram Vasconcelos (indevidamente), foi poeta celebrado. Foi também padre, lavrador - pelo que dizem seus versos - amante da caça e de uma tal senhora Inês da Cunha, a quem ele chamava Nize, nos sonetos, muitos, que lhe fez. Arnaldo Gama, em Um Motim de há cem anos, romanceia-lhe a figura ("...um dos mais distintos poetas portugueses da época, a flor e a nata dos bardos do Porto..."). Foi aliás nesta cidade que saíram, da Officina de Antonio Alvarez Ribeiro, os 2 tomos da sua obra "Poesias de Paulino...". O primeiro volume, em 1786, com tiragem de 2.000 exemplares, esgotou-se em 6 meses - o que é singular, para um livro de poesia, ainda hoje. O segundo tomo foi publicado em 1787, e é bem mais difícil de encontrar, à venda, actualmente.
Os meus dois exemplares foram adquiridos, com uma diferença de 3 ou 4 anos, nos finais dos anos 80, em Lisboa. O primeiro custou-me apenas Esc. 850$00 (cca. 4,25 euros), o segundo, paguei por ele, Esc. 3.000$00. Assisti, depois, à venda da obra completa (tomos I e II), em leilão, por 35,00 euros. Mais recentemente, há cerca de três meses, vi-os precificados por 50,00 euros, num alfarrabista lisboeta.

3 comentários:

  1. Gostei principalmente do soneto da p. 125.

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  2. É, também, o que prefiro.
    Aos livros mais preciosos ou de autores mais estimados não resisto a "marcá-los" para a posteridade...

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