"...Apenas se faculta a licença para o Beija-mão, irá seguindo na mesma linha os que vão adiante, fazendo ao entrar huma leve cortezia ao Mestre Sála, Esmoler Mór, e Camaristas, que estão defronte de El-Rei. Chegando junto á Magestade, lhe faz huma genuflexão, que consiste em dobrar hum pouco ambos os joelhos, ficando o corpo direito, e immediatamente pondo hum joelho em terra, lhe beija a mão; e levantando-se, torna a fazer-lhe outra genuflexão, como a primeira, e voltando sobre o lado direito, vai sahindo para fóra com muita gravidade. Dando quatro, ou cinco passos, se vira de todo para El-Rei, e lhe faz a segunda continencia, curvando, como disse, os joelhos; e para os Camaristas, que lhe ficão então fronteiros, huma leve inclinação; e voltando, como primeiro, dá os passos, que restão até á porta, por onde se sahe da sála, e dahi faz a ultima genuflexão á Magestade, e a segunda reverencia aos Camaristas, que lhe ficão ao lado, principiando daquelle, em que acabou na primeira cortezia até os ultimos; o que se pratíca igualmente nos Beija-mãos das Rainhas, e Princezas com as Damas, e Senhoras, que lhes fazem a Côrte. ..."
Padre D. João de N. Sra. da Porta Siqueira, in Escola de Política ou Tratado Practico da Civilidade Portuguesa com as regras... (4ª ed., Porto, 1803)
De morte... ou de vida, para alguns!
ResponderEliminarPostei um contraponto, no "sítio do costume".
ResponderEliminarMuito obrigado, JAD.
ResponderEliminarMuito obrigado, LB.
Que espectáculo! - em todos os sentidos. :-)))
ResponderEliminar