A princípio, era a foto de família. Com o Diana-Bar, por cenário de fundo e, para onde José Régio, às vezes, de manhã, ia escrever. Mas, ainda antes, tinha sido o mudar de casa: fosse para a Rua Santos Minho, a 31 de Janeiro, ou a Rua Luís de Camões. Em 1948, a Póvoa de Varzim era apenas uma vila piscatória, onde pontificavam, em memória ou estátua, Eça de Queiroz e o Cego do Maio. E aqueles nomes estranhos: os Agonia, os Frasco, os Mouco, os da Hora...
O tempo parecia correr, sempre, feliz e descuidado por entre alguma nortada e, mais raramente, o som da ronca que anunciava um súbito nevoeiro - adeus, praia!, viva o cinema...
E lá para meados de Agosto, todos esperavam o Catitinha, precedido pelo seu apito estridente.
P. S.: para a Fernanda, fraternalmente.
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