terça-feira, 3 de setembro de 2013

Pormenores


É, por vezes, fastidiosa, para um observador pouco sensível e amador de pintura antiga, a contemplação das obras, mesmo que primas, até ao séc. XV europeu. A temática é por demais religiosa e os motivos, tirando pequenos maneirismos de Escola, quase parecem iguais. Resta, no entanto, a surpresa do pormenor que, singularmente, nos pode convencer da qualidade e moderna eternidade da obra de alguns Mestres.
Este burrinho pintado por Giotto di Bondone (1267-1337) na Adoração dos Reis Magos, em fresco da Capela da Arena, em Pádua, parece, na sua jovialidade de expressão, saído de uma BD dos nossos dias. E chegaria para me levar à plena aceitação de que, alguma coisa de muito diferente, se pode descobrir nesta matriz formatada pelos cânones religiosos da época. O que não é, seguramente, coisa pouca. 

4 comentários:

  1. Um burrinho?! Diria antes: um burrão! :-)) Muito giro!

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  2. Tem razão, MR, o animalzinho é bem grandalhão..:-))

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  3. Mas não é um burrinho, nem um burrão...
    Só existem dois tipos de animais para o transporte dos chamados Magos: Camelos/Dromedários ou Cavalos. Nunca encontrei outro animal. Logo um cavalo que também pode ser égua....

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  4. Será?
    O que me leva a optar pela perspectiva asinina, em prejuízo da equina, é o tamanho das orelhas do bicho.

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