Para quem se dedica à observação atenta e ao estudo do livro antigo, sabe, perfeitamente, que as revelações surgem e surpreendem a cada passo, i.e., a cada olhar. São os pormenores do material tipográfico usado, os detalhes na composição da mancha gráfica ou na impressão que se vão somando e gravando na memória visual. Aconselha-se, contudo, que o registo visual das imagens, sendo humanamente limitado no tempo, se grave, por escrito, para memória futura.
Acrescenta-se, ao prazer de observação do livro antigo, o gozo supremo de o manusear quando o objecto é nosso, permitindo tornar visível o que, frequentemente, fica escondido no meio das letras, ofuscado pela tinta e apenas visível a contra luz. Trata-se, portanto, das marcas de água, ou seja, aqueles símbolos que os fazedores de papel, como demonstra a imagem acima, usavam para deixar a sua marca e atestar a origem do papel.
Partilho, pois, com os meus leitores, duas marcas de água que fizeram o meu encanto ao fim do dia. Um unicórnio 1, grande, pai ou mãe, e um pequenino, filho, que surgiu quase no final do livro.
P.S. A câmara digital, como recurso rudimentar, não permite transmitir uma imagem mais nítida.
Post de HMJ, dedicado a JAD
Adorei. Mas pode fazer uma foto melhor. Levante a folha, por volta das seis horas da tarde, de maneira que receba luz de uma janela, pelo verso, e faça a foto, mesmo com o telemóvel. Comigo tem dado algum resultado. Obrigado pela partilha.
ResponderEliminarPara JAD:
ResponderEliminarobrigada pela sugestão.
Estas marcas de água não são vulgares. Ou são? Achei-as engraçadas.
ResponderEliminarPara MR:
ResponderEliminarEstas marcas não são vulgares, tem razão.