Num dia em que circulava pelas luminosas avenidas de Lisboa,
apreensiva com as últimas façanhas que os “Helderzinhos” da nossa praça andam a
congeminar, cruzei-me com um antigo ministro das finanças – efémero e
transmigra – embora ostentando mais “gordura de estado”, como o outro nogueira
“saltitão”, andava cabisbaixo, tentando, porventura, esconder a face para não
ser reconhecido.
A triste figura deu para eu pensar na minha suposta
ignorância “económica” – ou economicista – perante o “vulto” com que me cruzei.
Confesso que o inesperado encontro não deu para afastar as minhas últimas
suspeitas, declarando que não sou propícia a “universo de conspiração”. Mas,
como diz o ditado: “Que as há, há”, e grandes.
Ora, vejamos. No dia em que chegaram os “troikanos”, disfarçados
em simples ouvintes, porque não “tinham tido tempo para se prepararem” (!) –
diriam, de nós, INCOMPETENTES, caso fôssemos para um centro de decisão sem
preparação – uma “agência de ratos” ameaça Portugal com uma descida de “rating”
numa óbvia tentativa de subjugar a vontade e determinação de uma nação
independente. Curiosamente, o suposto “presidente de todos os Portugueses” já
se tinha adiantado ao repto de se declarar indigente perante as altas
“sumidades” internacionais.
Mais surpreendente, ainda, que vários jornais, duvidosamente
neoliberais alemães, enalteciam, hoje, a recuperação da zona euro, com especial
destaque para a Irlanda e, com reservas, para a Grécia. O partido da Senhora Merkel precisa, com certeza, de algum conforto para as eleições de Domingo. Escolheram-se,
à sorte, os dois países no “ranking” positivo, em detrimento de Portugal e silenciando
a Espanha e o escândalo da “figura de cera” italiano.
As “altas instâncias internacionais” enganaram-se novamente,
porque não sabem avaliar as consequências das suas medidas na destruição da paz
na Europa e perante o avanço das forças neo-nazis, na Grécia e na Alemanha.
Não sou, de facto, formada em Economia, mas acredito na
Ciência – com maiúsculas – seja qual for o seu ramo e desde que se centre no
essencial, i.e., o bem-estar e a paz da Humanidade.
Pois o preocupante está mesmo no empobrecimento e, subsequentemente, na destruição da paz da Europa.
ResponderEliminarPara MR:
ResponderEliminare esquecemos os grandes desafios que a "grande" Alemanha da Merkel está a empurrar para as calendas: o crescente empobrecimento na velhice e as futuras reformas, ridículas, dos actuais trabalhadores de "mini-jobs", candidatos à indigência no futuro. É um caldo explosivo que se está a formar.