Ao que parece, e ainda bem, é o comércio tradicional a
marcar pontos nas escolhas dos consumidores. Embora forçada pela crise,
agrada-me a tendência, como início de uma batalha maior, dos consumidores, pela
defesa da liberdade de escolha e contra a “unicidade” do gosto, contra o poder
excessivo – quiçá mafioso – dos grandes grupos na imposição de preços, prazos
de pagamento e modos de produção, aos produtores.
A notícia divulgada hoje num jornal nacional encontra, no
meu jornal de referência, DIE ZEIT, algumas reportagens, que tenho acompanhado
com muito gosto, sobre a sobrevivência de algumas manufacturas, ditas
artesanais, que ainda sobrevivem nos países do Sul da Europa. O mais recente
destacava a “indústria vidreira” artesanal em Espanha.
Lembrei-me, obviamente, da indústria vidreira nacional. O
depósito da Marinha Grande, na Rua de S. Bento, onde se encontrava tudo e o
trabalho dos artífices nos enchia o olho.
Além disso, um passeio pela Rua de S. Bento, a Rua dos
Fanqueiros – para ver os tecidos – ou outras ruas da Baixa, não se compara aos
“balões fechados” dos “Centros Comerciais e Grandes Superfícies”.
Não tenho dúvida de que, em consciência e com
esclarecimento, o homem acabará por defender a dignidade do trabalho do seu
próximo, porque lhe reconhece a sua dedicação e o seu esforço que os farsolas
dos “Soares dos Santos e quejandos” apenas sabem sugar em proveito próprio.
Post de HMJ
O depósito da Marinha Grande na Rua de S. Bento acabou?
ResponderEliminarTb fui muitas vezes a essa loja, depois de fechar a loja que a fábrica tinha na Rua de S. Nicolau (ou seria noutra transversal da Baixa?). E tb encerrou uma na Av. de Roma, que me dava bastante jeito.
Para MR.
ResponderEliminarnão sei se o depósito da Marinha Grande, na Rua de S. Bento, acabou. Tenho andado mais pela Rua dos Fanqueiros para comprar copos, etc. O "Braz e Braz" já fechou. Por enquanto, resta-me, e passe a publicidade, a "Pollux" para encontrar produtos nacionais. Contudo, não sei até quando.
É uma pena que todas essas lojas fechem!
ResponderEliminarVi ontem que o que restava do Braz & Braz tinha fechado.
ResponderEliminarNos últimos anos, também tenho ido mais à Pollux.
Para a Isabel: é, de facto, uma pena.
ResponderEliminarPara MR: por ironia do destino, ainda consegui comprar, há ca. de dois meses, um "salazar"(!) no Braz&Braz da Praça da Figueira.
Estou inteiramente de acordo consigo, HMJ! Oxalá essa tendência se mantenha e até se consolide, mesmo para além da crise.
ResponderEliminarPara Maria A.:
ResponderEliminarEspero, também, que a tendência se consolide.
Mas na minha Rua dizem-me que as pessoas só voltaram para as lojas tradicionais por causa do Rol.
ResponderEliminarCompra-se e vai-se pagando, no fim do mês.
Mas já começam a ameaçar em colocar o nome dos caloteiros, com mais de três meses, na montra.
Tempos de crise, hábitos antigos, mas dantes julgo que pagavam (ou melhor, havia mais vergonha em não pagar).
Para JAD:
ResponderEliminarInfelizmente, quando o mau exemplo vem de cima, é difícil pedir aos remediados valores e virtudes que deviam ser social e culturalmente defendidos e protegidos.