Quando acordo, logo de manhã, o denso nevoeiro não me permite, da janela, ver, até muito longe, os contornos definidos do horizonte.
Um factor retive, no entanto, da noite anterior. Talvez por razões de proximidade e confiança local, o peso da abstenção, nestas eleições, estancou a sua tendência vertiginosa e progressiva de crescimento. Se nas últimas eleições presidenciais chegou aos 53%, ontem, nas locais, ficou-se pelos 47%. Magra consolação - dirão -, mas sempre é um sinal positivo.
Pode concluir-se que mais de metade dos eleitores portugueses ainda está viva. E, eles, acordados.
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