quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Curiosidades 77 : de alguns insectos voadores


Do meu desamor por alguns insectos nomeio, por ordem decrescente, os meus ódios de estimação: moscas selvagens, melgas e mosquitos teimosos. Apesar de tudo, até tenho alguma simpatia pelas vespas, mesmo quando agressivas. Lá terão as suas razões de animosidade, porque eu, na infância, as cacei muitas vezes com aquelas enormes caixas de fósforos de cozinha, abrindo e fechando rapidamente a caixa, quando elas pousavam, com demora, sobre algumas flores - assim morreram algumas, mas agora deixo-as em paz.
Em relação às minhas preferências, vem à frente as libélulas. Mas as laboriosas abelhas e os grandes besouros, onomatopaicos de nome (pelo menos, no Norte), seguem-nas de perto, na minha estima. O que eu não sabia, até há pouco, é que existem no mundo cerca de 250 espécies de abelhões ou besouros, de que o Bombus hypnorum (em imagem) é apenas uma. São grandes polinizadores e quase imprescindíveis nos tomateiros, para eles darem fruto. De tal forma, que são introduzidos, pelos humanos, nas estufas, pela sua eficácia.
Simpáticos, à vista, reconhecíveis pelo seu bzz característico e forte, tem solidariedade grupal quer na defesa, quer na alimentação colectiva. Mas, como não há bela sem senão, são também considerados regicidas (matam o chefe, algumas vezes) e incestuosos. Por outro lado as famílias, e até algumas das espécies, têm diminuido e há 3 ou 4 em vias de extinção. Na Inglaterra, por exemplo, as flores diminuiram drasticamente depois da II Grande Guerra e os besouros sofrem com isso. Para o efeito foi criado, em 2006, o Bumblebee Conservation Trust que, todos os anos, planta milhões de sementes de flores variadas, pelas florestas e campos maninhos.
E por cá?

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