E a tua infância, diz-me?, onde está a tua infância?,
porque eu quero-a.
As águas que bebeste,
flores que pisaste,
as tranças que entrançaste,
os risos que perdeste.
Como é possível que não sejam meus?
Diz-me, que estou triste.
Quinze anos só teus, que nunca foram meus.
Não me escondas a infância que foi tua.
Pede a Deus que faça regredir o tempo.
Há-de regressar a tua meninice e brincaremos.
Gerardo Diego, in Hasta siempre (1948).
Lindíssimo.
ResponderEliminarObrigado, Margarida.
ResponderEliminarLindíssimo. Tal como à Margarida, foi a palavra que me ocorreu. :-))
ResponderEliminarGosto muito de vir aqui. Surpreende-me sempre com estas pequenas-grandes maravilhas. Mais um poeta que tenho de conhecer melhor...:-)
Fico recompensado pelo poema agradar. Tenho sempre uma preocupação: evitar os poemas grandes. Ora, nem sempre os pequenos são os melhores...
ResponderEliminarHá poemas grandes que gosto muito:
ResponderEliminar"O Haver" do Vinicius; "A Estrela da Tarde" do Ary, o " Adeus" do Eugénio, entre outros, entre outros...
É muito bonito.
ResponderEliminarTambém eu, Sandra, mas as pessoas, hoje, têm muita pressa e eu gosto de ter em conta a realidade: raras visitas estão no Arpose, mais do que 2 minutos, são sôfregas e leveiras - a Sandra é uma amiga e preciosa excepção..:-))
ResponderEliminarPor outro lado, as traduções, embora me dêem prazer, não são pera doce..E demoram o seu tempo.
Por gostar do poema, Isabel, é que o tentei traduzir. E da forma que fui capaz.
ResponderEliminar:-) Dois minutos?! Que impressão! Detesto pressas, seja no que fôr. Comppreendo isso, se fôr só para ver o que o blogger publicou para decidir o que ler mais tarde, mas depois, há que saborear, apreciar, degustar e isso implica tempo, cuidado. Daí que eu só comente em 3 ou 4 blogues. O meu telemóvel tem acesso à net e isso também me possibilita ler nos transportes e publicar comentários. Grata por me considerar uma amiga do Arpose. :-) Fico contente!
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