Por mero acaso fui, hoje, parar a um velho poste (2010) do Blogue, onde seleccionei os meus 10 romances portugueses preferidos, no séc. XX. E dei-me, depois, a pensar nos meus poemas portugueses predilectos, do século passado. É minha convicção que 4 ou 5 poemas podem fazer um grande poeta; até mesmo só um poema, será suficiente, porque as obras, de uma forma geral, são irregulares na perfeição. E aqui deixo, para desfazer o canónico número 10, doze poemas portugueses de que gosto, particularmente. Uma parte deles consta do Arpose, outros não. A ordem é arbitrária, e gosto deles, por igual. Seguem:
1. António Nobre - Soneto 12 ("Não repararam nunca?...").
2. Camilo Pessanha - "Branco e Vermelho".
3. Cesário Verde - "O Sentimentalismo d'um Ocidental" ("Nas nossas ruas...").
4. Fernando Pessoa - "Tabacaria".
5. Miguel Torga - "Bucólica".
6. Jorge de Sena - "«Pot-pourri» final" ( in"Arte de Música").
7. Vitorino Nemésio - "Pus-me a contar os alciões chegados...".
8. Sophia Andresen - "Meditação do Duque de Gandia...".
9. Eugénio de Andrade - "To a Green God".
10. Alberto de Lacerda - "Diotima".
11. Alexandre O'Neill - "Portugal".
12. Ruy Belo - "Para a dedicação de um homem".
Nota pessoal: espero não me ter esquecido de alguém e ter sido justo, pelo menos, para comigo mesmo... (E peço desculpa, a quem me ler, por ter feito batota, ao incluir António Nobre e Cesário Verde, para desfazer o canónico número 10...)
concordo com todos e ainda bem que colocou o António Nobre e o Cesário. As minhas preferências vão para : 1;3;4;6
ResponderEliminarSeria uma pena, não os incluir, sendo embora do séc. XIX, porque pré-anunciam a modernidade.
ResponderEliminarVamos a ver se eu consigo ordenar uma lista de poemas.
ResponderEliminarPara já, um dos escolhidos é «Fidelidade» de Jorge de Sena.
É todo um modo de ser, e um grande poema - estamos de acordo.
ResponderEliminarGosto especialmente do 5 e do 9.
ResponderEliminarÉ uma boa opção..:-)
ResponderEliminarEu incluiria, não sei à custa de quem :), José Régio, Florbela Espanca e António Gedeão.
ResponderEliminarConcordo com a Maria A. Gosto muito de qualquer deles.
ResponderEliminarEscolher é, também, excluir, sobretudo quando o número é restrito...
ResponderEliminarNos meus dez vai de certeza entrar o Cesariny.
ResponderEliminarNão sei por que disse dez quando a lista é de doze. De qualquer modo, Cesariny está nos primeiros dez. :)
ResponderEliminarO título refere 12, e 10 eram os romances portugueses do séc. XX.
ResponderEliminarSurrealista por surrealista, Miss Tolstoi, prefiro o O'Neill, embora considere Cesariny um bom poeta.