1. No mais alto e íntimo da noite compreende-se que os faróis vivam para si mesmos.
2. Há umas nuvens que são como novelos de penas escapadas ao colchão do céu descosido por algum lado.
3. O moscardo recorre a todos os claustros da casa ressoando como um frade desesperado.
4. Quando as botas soam no vazio é que a alma está muda.
5. É uma comovente cena filial a do ciclista que se agarra à traseira de um automóvel.
6. Os anjos da guarda dos músicos deviam ser eles a passar-lhes as folhas da partitura.
7. As costelas não servem senão para localizar as dores. «Dói-me entre esta e esta.» São a pista para o diagnóstico.
8. Todos temos cara de palhaços ao ensaboarmos a cara.
9. Para que o cabelo volte a crescer não há outro meio senão fazer uma viagem pelo peloponeso.
10. Os aplausos têm algo de parecido com as costeletas: muito osso e pouco que comer.
11. Panaceia é a cesta do pão.
12. Quando a mulher pede salada de fruta para dois, aperfeiçoa o pecado original.
Gosto da 6 e da 8 e a 12 está muito gira! :-)
ResponderEliminarTodos temos cara de palhaço e alguns talvez não seja só quando ensaboamo...
ResponderEliminarNão gostava de ser anjo da guarda de um músico.
Gosto muito de nuvens e por isso gosto muito da 2 :)
Ainda bem que gostou, Sandra.
ResponderEliminarAinda há pouco tempo, houve mais um que aderiu ao sindicato..:-))
ResponderEliminarDe la Serna tem várias greguerías sobre nuvens, é possível que eu já tenha traduzido mais alguma.
A 7 lembrou-me as costeletas de borrego, que adoro. :-)
ResponderEliminarTambém eu. Ainda não vai há um mês, comi umas na "Tasca do Cadete" (?) que estavam um esplendor!...
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