Cada família segrega um tédio interior e específico que faz fugir cada um dos seus membros (enquanto lhe resta um pouco de vida).
Mas ela tem também uma antiga e poderosa virtude, que reside na comunhão em volta da sopa do jantar, no sentimento de estar entre si, e sem maneiras, tal como se é - grupo de pessoas que estão entre elas tais quais são.
Poder-se-á então concluir que a família é um meio onde o mínimo de prazer com o mínimo de sem cerimónia, convivem em conjunto.
...
O número dos nossos inimigos aumenta na proporção do crescimento da nossa importância.
- O mesmo acontece com o número dos nossos amigos.
Paul Valéry, in Tel Quel II (pg. 266).
A segunda parte é triste, mas verdadeira.
ResponderEliminarMuito. Basta ter tido a experiência...
ResponderEliminarOs amigos que se acercam em proporção à nossa importancia nem sempre são os melhores. Os inimigos fortalecem-nos!
ResponderEliminarÉ verdade. Quanto à segunda proposição, concordo, mas é preciso saber conviver com o ódio (às vezes), o que nem sempre é facil.
ResponderEliminar