segunda-feira, 8 de julho de 2013

Divagações 50


Eu sei que estamos no tempo da desmemória. Ou, em pleno, no tempo da leveza que Kundera inaugurou, para título de livro. Mas fomos, entretanto, muito mais longe em direcção ao conforto da leviandade, à ausência de vergonha, ao desprezo pela palavra dada, na relação para com os outros. Em suma, instalámo-nos, por infantilismo serôdio, num estádio muito próximo da completa irresponsabilidade humana. E já nem falo sequer da boa educação...
A telenovela lumpen a que assistimos, na última semana, de alguns actos pueris deste (des)Governo português, estão aí, na sua magnificência chula, para o provar. Como podemos, pois, pedir ao comum da terra, ao ruano, ao cidadão anónimo, que faça melhor, ou se conduza, com ética, responsavelmente?
Se ele, também e provavelmente, já se esqueceu daquilo que deve ser a conduta de um ser humano.

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