Crítica dos Desejos
Os mais importantes pensamentos são aqueles que contradizem os nossos sentimentos.
Nada mais estúpido do que considerar o objecto do desejo como coisa verdadeiramente desejável. Enquanto desejo, devo lembrar-me do erro que eu posso cometer ao desejar.
É preciso dar tempo ao tempo de deixar vir um desejo ao, - ou incompatível com (o) - desejo que eu sentia. Ou um desgosto.
Paul Valéry, in Tel Quel II (pg. 256).
Em certa medida concordo com Valéry.
ResponderEliminarEstamos de acordo.
ResponderEliminarBom dia.
Não concordo. Se o nosso estado de consciência for elevado, bem elevado os nossos desejos também o serão, bastante altruístas. Aliás tenho reparado com a minha idade que o que se sente é muito mais importante do que se pensa. Sei que os desejos elevados juntos com pensamentos elevados têm uma força infinita, quase Divina.
ResponderEliminarEstá no seu pleníssimo direito democrático de discordar, meu caro Torresão.
ResponderEliminarMas haverá entre nós, porventura, uma diferença de tomo, visível no seu divino, iniciado por maiúscula.
Por outro lado, é deste conflito interior humano, de que fala Valéry, que, às vezes, progredimos, na versão muito pragmática de Hegel.