A sociedade de convivência existe, mas é minha convicção que apenas nos seus aspectos mais decorativos e formais. O espírito crítico ou a ponderação tranquila, a argumentação racional dialogante, nunca foram apanágio da Lusitânia, tirando alguns nomes de excepção.
Grécia, Sócrates, Justiça, Porto ou Benfica (para não me alongar mais...) convocam, sempre, uma transversal divisão agressiva, normalmente irracional (até há quem se gabe disso, com orgulho regional ou rural). Como nunca há regra sem excepção, talvez o PR Cavaco consiga um quase pleno de unanimidade, para um único lado. Não admira, porque é um cidadão singular.
E é escusado, mesmo num futuro longínquo, esperar conversões ou julgamentos isentos numa equidistância de frieza militante, que sempre nos faltou. Ardemos em pouco lume e, normalmente, mal. Não somos de grandes rupturas, até porque somos pouco perseverantes, prefimos as águas mansas da hipocrisia, muitas vezes, por comodismo. Está-nos na natureza e no ADN atávico.
Nem a N. S. de Fátima nos vale!...
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