quarta-feira, 24 de junho de 2015

Mais 2 pequenos poemas de Antonio Gamoneda


As unhas de animais inexistentes arrancam os nossos olhos
aos sonhos.

É assim a noite.
...

Acerquei os meus lábios das tuas mãos, e a tua pele
tinha a suavidade dos sonhos.

Algo parecido com a eternidade roçou pelos meus lábios
um instante.

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