"...O historiador, considerando exclusiva e singularmente o indivíduo em relação ao fim que visa, admite os heróis. Para o artista, que considera as relações do mesmo indivíduo com os múltiplos aspectos da vida, não pode e não deve haver heróis, mas apenas homens. ..."
...
"...A actividade desses homens só me interessava como esclarecimento dessa lei psicológica segundo a qual o homem que realiza o menos livre dos actos forja uma série de raciocínios retrospectivos, a fim de se provar a si próprio que é livre."
Considerações de Tolstoi, publicadas na revista "As antiguidades russas" (1888).
Muito interessante, e bem observado. Bom dia!
ResponderEliminarMuito perspicazes, estas reflexões.
EliminarBoa tarde!
Concordo, embora não esteja certa quanto à primeira. A segura é, infelizmente, verdade.
ResponderEliminarEstas considerações, talvez mais explicativas do que justificativas, prolongam as cerca de 40 páginas finais de "Guerra e Paz".
EliminarArgumentam a favor de que os grandes acontecimentos, muitas vezes atribuidos à vontade de um homem, são, frequentemente, fruto das circunstâncias, dum movimento colectivo, e do acaso, também.
Boa tarde!