Enquanto os seres humanos vivem cada vez mais obcecados com a sua longevidade, a duração dos seus objectos de uso, materiais, vai sendo cada vez mais curta e temporariamente reduzida. Cada novo computador que eu ia comprando, era atacado de esclerose cada vez mais cedo: três, dois anos...
Zinovy Zinik (1945), in TLS (nº 5854).
Nota: e não são só os computadores. As lâmpadas vieram à cabeça, os frigoríficos, os rádios, os fogões...Cartelização de marcas e fabricantes, pouco honestos, para se assegurarem de rendas vitalícias para os seus negócios de enriquecimento, à custa dos clientes indefesos.
Esse é um mito sem sentido, permita-me que o diga assim. Daqueles que agora se chamam "urbanos", e compreende-se porquê: as gentes do campo sempre foram mais poupadinhas.
ResponderEliminarTenho um carro que fez agora dez anos, e vai durar ainda alguns.
O meu computador pessoal já tem mais de cinco anos, e há de durar. Tenho um frigorífico, uma máquina de lavar roupa e outra de louça, mais o fogão e a caldeira de aquecimento de água, que já estavam na casa que comprei - datam, mais ou menos, de 1998. E, apesar de estar eletronicamente ligado ao mundo, muitos se iriam rir da vetustade (vetustez?) do meu telemóvel.
Na realidade, o que se degradou não foram os equipamentos, mas os homens, que vivem numa ansiedade permanente de mudar para o último grito da moda. E se aos fabricantes (os cartelizados e os outros) se pode apontar alguma coisa, é que estimulam essa ganância.
E isso, sim, é bem urbano: um mundo de comunicadores, publicitários e financeiros, lobos com pele de cordeiro, no meio do rebanho ávido de novas experiências sensoriais e de impressionar o vizinho, sendo mais igual do que os outros...
Claro que há excepções: o nosso carro tem 17 anos, o meu telemóvel vem de Julho de 2009, embora só tenha funções básicas...
EliminarMas a minha memória de frigoríficos (que contei, aqui no Arpose, a 9/6/11: "O sistema iníquo, cartéis e a lâmpada eléctrica") é exemplar: o 1º (Frigidaire) que, entrou na casa vimaranense, com 33 anos ainda funcionava; o segundo durou 15 anos, o terceiro, 12, o último vai com 9 anos - vamos a ver...
Não vou em modas, se o aparelho é bom, não mudo, só porque há outro mais moderno e aerodinâmico...
E não acredito na bondade de todos os fabricantes.
Curioso este diálogo. Eu também tenho um carro com 12 anos, um telemóvel com uns quatro ou cinco, computador, com uns sete (o único que tive) e a maior parte das máquinas de casa tem mais de 20 anos (excepto alguns pequenos electrodomésticos). Enquanto durarem não mudo nada, mas acredito que estes duraram porque são anteriores a esta crise da ganância de valores de fabricantes e marcas. Tenho cá um palpite que os próximos não vão durar tanto...
ResponderEliminarTambém não gosto de mudar o que ainda funciona bem, para quê?
Enfim, são formas de pensar...mas se as minhas coisas me durassem outro tanto, ficava bem feliz!
Boa noite:)
O meu princípio até é desportivo: em equipa que ganha, não se mexe..:-)
EliminarTenho consciência que cuidamos bem do equipamento, cá por casa, e por isso as máquinas duram aquilo que devem durar, naturalmente. Mas no círculo estrito, familiar, dois computadores já deram a alma ao criador..:-), infelizmente.
Um bom fim-de-semana!
Ah!Ah!Ah!
EliminarTive que me rir:)
Isso que refere também é importante: o cuidado que se tem com os aparelhos também ajuda.
Um bom dia:)
Muito obrigado, Isabel!..:-))
EliminarRetribuo, cordialmente.