Ora imagine-se que, por obra e graça, o Cussaruim, de Manuel Bandeira, passa, aqui do Blogue, no espaço virtual, para um Tapir do Mato Grosso (será que existem lá?), num sonho meu, real, que não chega a semi-pesadelo, porque era um bicho nutrido, mas simpático.
Proponha-se, como tema de conversa sugerida, e seguindo H. N. (com toda a minha complacência) que uma boa parte da arte actual é de pesadelo. Nem é preciso convocar a Joana, nem o Palácio da Ajuda, basta lembrar Francis Bacon. E que, no metropolitano, ao princípio da tarde, eu veja um rapaz (30 anos?), de pele mui branca, com um penteado "enlacado" com cerca de 30 centímetros de altura. Que até trazia guarda-sol, para que uma eventual chuvada lhe não viesse a estragar o toucado...
E, já em casa, em imagens televisivas publicitárias me apareçam meia dúzia de crianças ululantes, mais dois ou três adolescentes frenéticos, com ares um pouco choné, propagandeando sumos e refrigerantes calóricos, cheios de "castrol"...
De que mais ingredientes precisamos nós, para o começo de um extravagante pesadelo?
Podemos dispensar de vez os gaspares e os coelhos e embarcar, nesta viagem maravilhosa, com a Alice, para sempre.
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