Como cegonhas tristes e estáticas, as gruas metálicas debruçam-se por sobre as águas cinzentas deste Abril monocolor. Na manhã, só as gaivotas emprestam movimento ao ar parado e frio, coberto de nuvens. Parecem fazer tirocínio de aves de rapina, sobre o Tejo, e expulsaram todas as pombas da paisagem.
As grandes ausências não perdoam aos rostos esquecidos. Que se retalharam de sulcos e de manchas do tempo, com os anos. Mas reconhecê-los pode ser, ainda, um leve sinal de alegria, ou uma súbita emoção na pele, que nos reconcilia com a juventude perdida. E com o passado. Sem nostalgia.
Bela imagem.
ResponderEliminarBom fim de semana!
(refiro-me ao texto, embora também goste da foto)
ResponderEliminarObrigado, c. a..
ResponderEliminarUm bom domingo, para si!