Li recentemente um pequeno artigo que falava da rivalidade antiga e recente entre as cidades escocesas de Edimburgh e Glasgow. Os partidários chegam a dizer que, esta última, se abre para Oeste, para a modernidade e para o Novo Mundo; enquanto Edimburgh se volta para o passado do Velho Continente, para Leste. Até lhe atribuem géneros: Glasgow seria feminina, Edimburgh, masculina.
Não pude deixar de pensar na velha rivalidade entre Lisboa e Porto, sendo que a capital do Norte é a única cidade que usa o masculino, para si. Todas as outras cidades portuguesas são femininas... O facto tem sido reforçado e empolado pelos Senhores do Futebol, em seu benefício, de modo a criar um ultra-nacionalismo regional para os seus desígnios. Será que precisamos sempre de um inimigo, para ganharmos força?
Na Alemanha, a dicotomia Köln/ Düsseldorf também colhe os seus frutos e recolhe paixões irracionais e obstinadas. E até no pequeno Minho, a emulação entre Guimarães e Braga desperta sentimentos de animosidade que lograram plagiar um velho provérbio: "De Braga, nem bom vento, nem bom casamento". Que, se calhar, Braga devolve alterando as premissas...
Sinto-me sempre um pouco incomodado com estes extremismos. E dividido: o meu Pai era de Braga e a minha Mãe nasceu em Guimarães...
Essas rivalidades valem pelo que valem... E notei que no Alentejo ouvia dizer «de Espanha nem bom vento nem bom casamento» - pelos vistos mudam as terras mas os discursos não mudam muito.
ResponderEliminarA mentalidade acaba por ser a mesma..:-(
ResponderEliminarBoa tarde!
ResponderEliminarPois eu ia dizer exatamente o mesmo, eu que sou tripeira conheço o proverbio como "de espanha nem bom vento nem bom casamento" também...
Resto de um excelente dia!
Eu creio que serve para várias terras, também.
ResponderEliminarObrigado pelos seus votos, que retribuo.