Creio que, amanhã, se celebra o Dia Internacional dos Monumentos. Estas celebrações fátuas, talvez configuradas para formatar o mundo e intensificar o comércio ou o turismo, deixam-me relativamente indiferente a obrigações devotas e ao cumprimento das boas regras, por considerar, neste acerto de datas, uma intenção obscura.
Se o CCB, a Expo 98 e ainda os megalómanos estádios do Euro luso, hoje, desertos (de que algumas virgens normalmente ofendidas nunca se queixam...), estão aí para testemunhar o tempo em que os euros chegavam, diariamente, da Europa, para serem gastos rapidamente, hoje, a situação é outra - estão a cobrar uma factura que nos custa os olhos da cara.
Há quem afirme, talvez malevolamente, que Joana Vasconcelos é a artista do Regime (este, português). Não irei tão longe, nem me sinto capaz de tal afirmação. Mas se tivesse que escolher, para amanhã, um monumento português, para o Dia deles, não escolheria o Palácio da Ajuda, com certeza. Anteriormente, optei pela pequena igreja de Bravães. Este ano, escolheria a pequena e rústica igreja de S. Miguel, junto ao Castelo de Guimarães.
Ambas estão mais de acordo com as nossas posses. E são robustas, porque aguentaram séculos e séculos de delapidação nacional, de indiferença e de governantes incultos e medíocres, resistindo tenazmente no seu granito pobre, mas sério.
Uma boa escolha! Inspira confiança. Precisamos disso.
ResponderEliminarHá dias internacionais a mais. Perdem um bocado o significado, porque acabamos por não ligar nenhuma importância, tantos são.
Boa noite!
Fico contente que concorde comigo, Isabel.
ResponderEliminarUma boa noite, também, para si!
É natural que a tenha visitado porque as minhas férias, todos os anos, eu ia (era levada a) conhecer uma parte de Portugal. Mas não me lembro.
ResponderEliminarEm Bravães estive há pouco, talvez no ano passado.
A nudez e simplicidade rústica são a sua melhor marca de água. Acho a igrejinha de Bravães um encanto.
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