"...Há muitos séculos decerto, há muitos... Havia longos meses que chovia sem interrupção: cordas de água tombavam sobre a terra farta e túmida e as nuvens oleosas e prenhes atabafavam o mundo. A humidade era tão espessa que as plantas transbordavam e inchavam; o jorro da água interminável e claridade lúgubre e baça. Naquele solo, de húmus encharcado, as raízes alastravam: cada árvore era uma floresta, cada floresta um caos. ..."
Raul Brandão, in A pedra ainda espera dar flor (pg. 23).
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