A região de Fontvieille (França), aldeia de 3.600 habitantes, que está intimamente associada ao escritor Alphonse Daudet (1840-1897), é muito ventosa. Os seus naturais, e os das cercanias, conseguem distinguir e apelidar cerca de 30 tipos de ventos, dando-lhes nomes muito peculiares, tais como: Manjo Fango, Marin Miéjour, ou o Damo que é uma brisa suave, mas persistente, que faz levantar as saias das senhoras...
Na pequena aldeia existem 4 moinhos, sendo que um deles foi o que inspirou a escrita de "Lettres de mon moulin", e que é uma atracção turística para quem leu e gostou da obra de Daudet. Que ainda hoje é um livro muito apreciado pela juventude francesa. Bastará dizer que, em 2012, no quadro da operação "Un livre pour l'été" foram distribuídos, gratuitamente, 800.000 exemplares da obra, entre a população escolar, por iniciativa governamental.
Ora, e disto nos dá conta e notícia o "Obs.", o moinho de Daudet, construído em 1814, e que laborou incansavelmente até 1915, por dissídio entre o seu legítimo proprietário e a Câmara de Fontvieille, que o explorava turisticamente, encontra-se encerrado desde Dezembro de 2011. O dono alegou, ao tomar posse compulsiva do imóvel, a degradação a que a edilidade o deixou chegar; por sua vez, a Câmara acusa o proprietário de propósitos inconfessáveis...
Quem sofre são os entusiastas da obra de Daudet, que já não podem visitar o célebre moinho, por dentro.
Bem-vinda, e boa tarde!
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