quarta-feira, 10 de abril de 2013

Apontamentos 5: Gorduras do Estado




Ao fim do dia assisti, hoje, a uma audição parlamentar ao engenheiro em epígrafe. Convém lembrar a sua ligação às Obras Públicas, entre 1990 e 1995 – sob o reinado do actual PR – para além de artífice da Ponte Vasco da Gama e actual “não-executivo” (sabe-se lá o que isso significa para o caso) da Administração da Lusoponte que explora a referida travessia do Tejo.
De facto, tanto o “curriculo” como a imagem dizem tudo sobre as gorduras do Estado. Contudo, na audição da Assembleia da República, o Ministro – num passado talvez afastado, mas presente nos encargos – parecia um “menino de coro”, inocente quanto a questões concretas, mas solícito em afirmar que a Lusoponte, para além de satisfazer os accionistas, não pretende, claro está, lesar o Estado. Que ideia !
E não é que, pouco depois, numa notícia do “Expresso” surge o desabafo do então Ministro e actual Administrador da Lusoponte  – “não-executivo” – nestes termos: “As Parcerias Público-Privadas foram um desastre” (!)
Se eu fosse mago e me chamasse Gaspar, e com esta “comédia triste” do final do dia, não teria dúvida em lavrar mais um “despacho” para arranjar o dinheiro que falta nos cofres do Estado. Parece que são "gorduras intocáveis", para além dos senhores do IGCP – que, no passado, não passavem de simples directores-gerais- e outros quejandos,  como os "CEO's" das EDP’s, cheios de obesidades dispensáveis ao bolso do cidadão comum.
E o Tribunal de Contas ? Não será altura de contribuir para um esclarecimento dos cidadãos, cansados de tanta manipulação dos dados sobre a "real situação do país".

A única emergência é a sinceridade, a seriedade e a salvação da democracia e da paz. O resto é jogo que não se coaduna com os verdadeiros Homens de Estado.

Post de HMJ

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