Depois do annus horribilis de 2012, em que fecharam as portas a Livraria Portugal, a Biblarte, a Camões e a Barateira (as três últimas alfarrabistas), 2013 ameaça agora a Livraria Olisipo e a Artes e Letras, ambas situadas no Largo Trindade Coelho. O pretexto é a nova Lei das Rendas que permitiu ao senhorio, ao abrigo do alibi de "fazer obras", iniciar um processo de despejo sumário que obrigará os dois livreiros-alfarrabistas (José Vicente e Luís Gomes) a abandonarem o local, onde exercem o seu mester, o primeiro, há mais de 30 anos, o segundo, há cerca de 20. Assim se despovoa, de pontos de interesse cultural, o coração de Lisboa, da forma mais ignóbil e perversa.
Livros de cozinha - 151
Há 8 horas
É mesmo uma pena!
ResponderEliminarE não se pode fazer nada, Isabel, contra estas leis iníquas que permitem este tipo de arbitrariedades...
ResponderEliminarTem sido uma razia realmente, e nem sabia destas " obras " anunciadas. Mas é tb certo que a situação era insustentável : rendas habitacionais e comerciais com valores quase anedóticos. Aliás, saberá o APS tão bem ou melhor do que eu que muito comércio tradicional que ainda subsiste na Baixa lisboeta subsiste pelo valor baixo das rendas.
ResponderEliminarSobre as rendas baixas, é verdade, LB. Só que este "tratamento de choque" legislativo deveria ter em conta e usar de uma sensibilidade social, de forma a evitar estes falsos subterfúgios dos senhorios. Além dos dois alfarrabistas, vão ao ar mais 3 estabelecimentos comerciais (2, creio serem restaurantes), com a sequência de mais de uma dezena de despedimentos...
ResponderEliminarE assim vão fechando lugares de cultura. Na Biblarte, Camões, Olisipo e Artes & Letras comprei muitos e muitos dos meus livros.
ResponderEliminarComprar, comprei pouco, mas tive ofertas. :) Mas passei nelas muitas horas. E mais umas: Bibliófila, Livraria Histórica e Ultramarina, Barateira e outras pelo BA. Só resta a Antiquária do Calhariz que há anos se chamava Arnaldo Henriques de Oliveira e antes disso...
ResponderEliminarQuem eu acompanhava não frequentava muito a Rua do Alecrim.
Esta lei vai levar ao fecho de muitas lojas. Passou-se de uma lei em que os senhorias não podiam fazer nada para este desplante em que podem despejar sem mais.
ResponderEliminarTambém eu, JAD!
ResponderEliminarMuitas vezes foram lugares de encantamento e descoberta para mim, MR. Sobretudo a Histórica e Ultramarina, onde comprei muita coisa do séc. XVIII (sobretudo poesia).
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