Era assim (com as palavras do título deste poste) que os ardinas, em Portugal e aqui há uns bons anos, costumavam apregoar a venda dos jornais, para aguçar a curiosidade dos putativos compradores, na rua. Claro que o faziam apenas naqueles dias em que algum acidente de grandes proporções tingia de vermelho sanguíneo as notícias a negro dos jornais.
Ora eu, hoje, ao passar revista às visitas do Arpose tive um "sobressalto cívico" (como diz o nosso PR) e fiquei consternado. Não é que um simpático cidadão ou cidadã de Taipé (Taiwan) teve a infeliz ideia de pedir ao Google que traduzisse para chinês o poste do Arpose "Macau: um inventário de Bocage", que eu coloquei em 1 de Abril de 2010, no Blogue. Ninguém me poderá tirar da alma este sentimento de culpa terrível! Estou a ver o pobre do utente a ver traduzido (Abade de) Jazente por "laid prostrate" - como o Google já fez uma vez; as palavras do poste Uma Sé transformar-se-ão provavelmente, na cabecita louca do Google, em qualquer coisa chinesa que signifique, em inglês, "A If"; e nem consigo imaginar como será traduzido aquele início de verso bocagiano "Nh's e chins cristãos", do soneto do poste.
Estragaram-me o dia... Só peço a deus que o utente da Ilha Formosa (Taiwan), que requereu a tradução ao Google, repare na data do poste do Arpose: 1 de Abril de 2010. E que, naquela ilha do Oriente, a data seja também o dia das mentiras. Se não for este o caso, o utente de Taipé, perante a desastrosa tradução googlesca, irá ficar, no mínimo, com os olhos em bico...
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