terça-feira, 15 de março de 2011

Curiosidades 31 : dependências e energias


É um facto que nos últimos 30 anos nos tornamos mais dependentes do ponto de vista alimentar e industrial. E talvez ainda mais dependentes da energia que consumimos por um acréscimo substancial do seu uso humano. Vejo recentemente e no entanto, cada vez mais no último ano, por estes baldios outrabandistas, seres humanos a sachar e plantar pequenas hortas, até pelos declives de terreno mais hostis. Para seu sustento, pelo que vejo de favas a crescer, de couves, tomates, quiçá, batatas e cebolas. Agrada-me o facto: é uma ajuda; mas não chega para diminuir a nossa crescente dependência alimentar.
Por outro lado tenho visto, como positivo, o crescimento do nosso parque eólico, sobretudo na região saloia e arredores. Quando via aquelas gigantescas pás, como velas de moínhos, a rodarem, pensava: sempre é menos petróleo que importamos e dinheiro que gastamos. Mas o sonho extinguiu-se, breve. Há 3 ou 4 dias soube que, em Portugal, o vento é muito intermitente e, dada a sua força ser caprichosa e errática, o equipamento (que é caro) é apenas aproveitado a 25% da sua capacidade. Por isso, também não é por aí...
Há também os painéis solares que se intensificaram, nos últimos anos, pelos telhados de muitas moradias portuguesas. Mais uma desilusão: a Alemanha, neste momento, já parou de incentivar o projecto nacional a favor da energia solar e as Seguradoras germânicas já não apoiam, nem correm o risco de fazer seguros a estes domicílios particulares. Acontece que o cádmio, utilizado no fabrico destes equipamentos, é como se fosse um rastilho, no caso de uma calamidade da Natureza, como aconteceu, há dias, no Japão.
Resta-nos a Água. Mas os nossos rios já quase esgotaram a sua capacidade energética, pela sucessiva construção de barragens. Talvez o Mar...
Nuclear, não, obrigado!

2 comentários:

  1. Nuclear, não, obrigada! Veja-se o Japão. De Chernobyl não falo porque aí foi o cúmulo da incúria.

    ResponderEliminar