sábado, 26 de março de 2011

arte menor (4) : re-composição


Que lilaz te caberia na manhã?
de todo o negro da noite. Singular
exercício dos teus olhos
pelos arcos desertos onde a chuva

tão regular caía no granito.
Era tempo decerto
de visitar a adega, corrigir
os rótulos feridos pela água

desse Inverno.
Na idade em que faço,
como dono da casa que não sou,
arranjos de memória. Trago primas

doces à consolação dos anos pobres.
E nos ácidos limões é que envelheço.


Qlz. 91/93- Sb. 11

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