terça-feira, 15 de março de 2011

Osmose (13)


O espírito e o corpo são desarrumados.
A paz nunca vem para ficar, na Terra. Nem no coração dos homens; porventura, apenas com a morte. Assim como a simetria, que não é um estado geométrico natural. Basta olhar as árvores e o desequilíbrio frequente dos seus ramos. Não chega que os homens (ou mulheres) as podem, para lhes dar aquele conforto do círculo, ou do oval perfeito. No ano seguinte, irreverentes, os ramos voltarão a ser desiguais, na sua liberdade. Na violência pura de continuarem a florir.

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