segunda-feira, 29 de maio de 2017

Poema berbere (3)


Uma pequena coisa vale o termo
da viagem, no deserto.
Mas chegar, nem sempre
é a pétala mais doce, a taça
ou simples copo
de água fresca do poço
de casa.
Que nos oferece
a mulher
que nos recebe.



Ibn-Rasid

8 comentários:

  1. e será este poema para aí de que ano?!
    Simples e bonitinho, muito quotidiano. Tem razão, o poeta. Pode não haver poço junto à casa e lá se vai a água fresca. E, havendo poço e copo, não existir a tal mulher. Ou ela ter enjoado de esperar. Ou ter sido raptada por um aventureiro valdevinos. Ou pereceu atacada por um vírus, uma bactéria, um qualquer elemento que só faz dano. Ouvi que as travessias do deserto além de demoradas são perigosas, portanto, se o viajante encontrasse água limpa e caldeiro, dessedentava e depois pensava no resto. Que a vida tem surpresas.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Como diziamos, numa roda de amigos e aqui há uns tempos, em questões de Poesia, é quase sempre melhor, humilde e avisadamente, ficarmo-nos pelo "sfumato".

      Eliminar
  2. Obrigada por tão abnegada resposta; e que a noite lhe seja pródiga.

    ResponderEliminar
  3. Baçus, mulher de Ali, pastora de camelas só não era como uma porta porque vivia numa tenda e não há quem a entenda.. pena o poço ser estreito e pouco fundo porque poderia ser o fim do mundo.

    ResponderEliminar
  4. O calor desse deserto provocava dispneia. tão forte secava tudo, fazia lhe amnorreia. e por baixo do turbante - é mesmo caso bicudo - só se lhe encontrava areia. aí o porto aqui tão perto ! - é mesmo assim aturei a.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Creio que foi a ti que ouvi, pela primeira vez, a palavra esfuminho, devias andar, então, pelas Belas-Artes, ali pelo Jardim de S. Lázaro -creio.
      Entre as cores e a rima continuas a cultivá-la. Repentina.

      Eliminar
    2. Ditosa memória que tais ditos reteve...

      Eliminar